quarta-feira, 21 de maio de 2014

Qualidade na Gestão

Você já parou para pensar que, para uma empresa atingir um bom nível de qualidade em seus produtos, é necessário que ela seja administrada com qualidade?
Muitos gestores pretensamente acreditam que podem gerenciar uma empresa em total desordem e produzir produtos com alto nível de qualidade.
Pode até acontecer, mas serão casos cada vez mais raros. A qualidade no processo de gestão reflete diretamente na qualidade do produto final da empresa, bem como em seu nível de produtividade. Esse é o princípio da qualidade total fomentado na década de 1960, seguido por uma série de empresas, mas ignorado por outras tantas, entre elas muitas de nossas empresas de vestuário.
A padronização dos processos de uma empresa é parte integrante do sistema de qualificação. De nada adianta os gestores procurarem atingir a excelência de qualidade em seus produtos se não atuarem também nos processos. Então devemos entender que, para atingir um bom grau de qualidade de produto, deve-se atuar nos processos também. Mas como podemos fazer isso?
Respondo com algumas indagações: como é feito o processo de verificação de qualidade de produto em sua empresa? É sempre do mesmo modo? São utilizadas as mesmas técnicas? Os mesmos testes? Quando um teste não se aplica a determinado produto, existe um procedimento padrão? Se o funcionário responsável pelos testes ou procedimentos de qualidade faltar, tais procedimentos serão executados normalmente? Eles se encontram documentados e à prova de dúvidas? Existem manuais de procedimentos contemplando as diversas situações e também como atuar em cada uma delas? Os resultados dos testes geram relatórios e estatísticas usados na tomada de decisão?
A padronização dos procedimentos é fundamental para que a empresa tenha uma linha de conduta, para que todos saibam como proceder nas diversas situações, para que um funcionário novo saiba os procedimentos corretos a adotar nas situações novas às quais será submetido.
Um sistema de inteligência de qualidade deve começar a ser elaborado, o que significa que os dados gerados em relatórios e outras atividades devem ser transformados em ferramentas para a tomada de decisões. É de fundamental importância que os gestores de empresas de vestuário se posicionem no sentido de encarar o desafio de melhorar a gestão de suas empresas, para que isso se reflita na qualidade de seus produtos. Uma ferramenta que vale a pena ser conhecida é o Modelo de Excelência da Gestão da Fundação Nacional da Qualidade, utilizado para avaliação, certificação e premiação de empresas.

Segundo a fundação, “o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) é baseado em 13 fundamentos e oito critérios. Como fundamentos, podemos definir os pilares, a base teórica de uma boa gestão. Esses fundamentos são colocados em prática por meio dos oito critérios. São eles:
Fundamentos: pensamento sistêmico; atuação em rede; aprendizado organizacional; inovação; agilidade; liderança transformadora; olhar para o futuro; conhecimento sobre clientes e mercados; responsabilidade social; valorização das pessoas e da cultura; decisões fundamentadas; orientação por processos; geração de valor.
Critérios: liderança, estratégias e planos, clientes, sociedade, informações e conhecimento, pessoas, processos e resultados.”

Fábio Romito é técnico têxtil, administrador de empresas e mestre em engenharia de produção. Atua no mercado de confecção há mais de 25 anos, sendo quase 20 dedicados a consultoria e treinamento em empresas de vestuário. É professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de moda e administração.
romitofabio@gmail.com

Fonte: http://www.costuraperfeita.com.br/edicao/25/materia/qualificacao.html

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