quarta-feira, 20 de março de 2013

Logomarca do Projeto Promoda Sudoeste 2015.
Fonte: Sinvespar
PROMODA SUDOESTE 2015

Para que as empresas do vestuário da região Sudoeste do PR não fiquem estagnadas, consigam superar a concorrência desleal de outros países (principalmente a China) e continuem contribuindo com o equilíbrio da economia regional tornou-se indispensável a adoção de novos métodos de produção que ultrapassem o simples “saber fazer” e evoluam para “saber criar e saber fazer”. Essa necessidade de adaptação foi sentida pela APL (Arranjo Produtivo Local Moda Sudoeste), assim como pelos empresários e comunidade da região.

BREVE HISTÓRICO DA INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO NO SUDOESTE PARANAENSE

Em meados da década de 70, com as mudanças significativas na estrutura socioeconômica do país, alguns fatores contribuíram para a mudança no setor de confecção, a exemplo o início do êxodo rural e a inserção da mulher no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, o Sudoeste do Paraná contava com municípios ainda muito jovens (com cerca de 10 a 20 anos de emancipação política) e com população predominantemente de imigrantes alemães e italianos, os quais, com os chamados alfaiates, deram os primeiros passos para o início da história do vestuário no sudoeste paranaense. Esses, impulsionados pela demanda de uma região que estava prosperando economicamente devido à mecanização agrícola, viram no vestuário uma boa oportunidade de crescimento em escala industrial.
Assim surgiram as primeiras unidades industriais na região, caso da pioneira Krindges, em Ampére (1977); Raffer, em Francisco Beltrão (1978); Alfaiataria Adélia Blazius, em Santo Antônio do Sudoeste (1970) e a Blazius & Blazius, com unidades em Santo Antônio do Sudoeste e Toledo (1979). O sucesso destes primeiros empreendimentos motivou o surgimento de tantos outros que estão presentes em 31 dos 42 municípios da região.
Ainda, o desenvolvimento do setor motivou outras indústrias que se desenvolviam na mesma época. Assim surgiram os primeiros profissionais de manutenção e conserto de máquinas, os primeiros cursos de formação para operadores de máquinas, a promoção e divulgação do setor com os primeiros eventos regionais (o primeiro desfile de peças fabricadas na região, assim como a primeira mostra pública dos produtos aqui fabricados e o começo das viagens a feiras especializadas ocorreram em 1994), e o início das oficinas de tendências de coleções (1995).
A década de 90 foi significativa para o setor, já que começou no cenário de um Brasil em crise devido ao processo de abertura econômica no país, e com isso, um intenso processo de reestruturação industrial. Muitos ex-funcionários de indústrias que possuíam algum conhecimento no ramo adquiriram máquinas e equipamentos para montarem o próprio negócio. Por outro lado, as empresas que resistiram se reestruturaram e atualmente despontam como âncoras em seus municípios. Já no final dessa mesma década o setor estava novamente reaquecido, portanto, novos empreendedores - inclusive de outras regiões - foram atraídos como fornecedores de matéria-prima, serviços e mão-de-obra especializada, o que tem contribuído para melhorias das unidades industriais.
Na virada do século, o setor de confecção da região reescreve a sua história. A união dos empresários, prefeituras dos municípios produtores, sindicatos da categoria, as entidades SENAI, SESI, SEBRAE, faculdades e instituições financeiras desencadearam-se em várias atividades articuladas em prol do desenvolvimento sustentável. Ainda, o setor é reconhecido pela sua organização e ações associativas, o que tem proporcionado a instalação de projetos que qualificam pessoas e também facilitam linhas de investimento para a expansão produtiva.

ESPECIALIZAÇÃO PRODUTIVA
O APL da Confecção Moda Sudoeste desenvolve e produz com excelência toda a linha de moda masculina, desde moda íntima até ternos e outras peças mais elaboradas.
A fabricação de jeans (para todos os segmentos) iniciou em meados da década de 80 com a indústria Latreille e vem ganhando espaço, tanto para marca própria quanto para PL (private label) e facção.
Em parcelas menores temos a malharia, moda íntima, moda festa e infanto-juvenil, assim como linha de uniformes escolares e coorporativos que também crescem e contribuem para o índice: estima-se que na totalidade, a região produza atualmente em torno de 1.700 milhões peças/mês.