Por: Brunno Falcão
Editoria de Economia do Diário da Manhã
Para a economista e professora do Departamento de Ciências Econômicas da UEG, Adriana Pereira de Sousa, a ideia de um brasileiro consumista e que não se planeja financeiramente é fortalecida pela falta de informações e de formação em educação financeira.
A professora acrescenta que o brasileiro é facilmente deslumbrado quando surge uma possibilidade de consumo, já que trata-se de “um povo que tem um histórico forte de instabilidade financeira, como o do período de alta inflação, e que, quando conseguiu a estabilidade dos preços, encontrava-se numa situação extrema de privação de renda e de oferta de produtos”, explica.
“O brasileiro não é um povo que poupa. Ele consome”, afirma Adriana, adicionando que consome até mesmo quando não tem dinheiro para isso. Esse comportamento acaba gerando uma poupança negativa, ou seja, o endividamento. Ela destaca que, economicamente falando, o dinheiro tem duas utilidades: poupança ou consumo. E o povo brasileiro, ainda de acordo com a professora, “não tem renda suficiente para que seja possível poupar o dinheiro, visando adquirir bens, a partir do lucro obtido com essa poupança”.
Conforme a especialista, é possível afirmar que a necessidade de consumo para o brasileiro é maior que a oportunidade gerada com a poupança. Adriana acrescenta: “vivemos em uma sociedade de consumo, onde a poupança ou o investimento ficam sempre em segundo plano.” Ela reforça que a falta de informação financeira do brasileiro resulta na baixa capacidade de administração de dinheiro do consumidor.
A economista ainda relata que, o consumo irresponsável prejudica o próprio consumidor e também a economia do País, já que o endividamento excessivo resulta, por sua vez, na elevação da inadimplência. Em uma coisa, todos os especialistas concordam: a educação financeira é indispensável para uma vida sem grandes preocupações com o dinheiro.
Publicado em: http://www.dm.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário