Sobre os impactos da Copa no setor têxtil e de confecção brasileiro, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção ( Abit ) comunicou nesta quarta-feira que, no primeiro trimestre desse ano, havia uma boa expectativa referente à Copa o que gerou uma pequena antecipação de encomendas que, somada à vendas do alto verão, resultaram numa produção física positiva nas confecções.
Contudo, em abril e maio, o varejo não respondeu como esperado. A queda no índice de confiança do consumidor resultou em menos encomendas, mesmo próximo da Copa. O resultado foi a queda da produção física nos dois meses seguidos. Soma-se a isso, que boa parte das encomendas já tinham sido feitas aos asiáticos.
Em levantamento pelo Siscomex/MDIC, comparando-se a atual Copa com a última, em 2010, o volume de importação de camisetas de malha mais que dobrou nos períodos idênticos de janeiro a maio, saltando de 1.460 toneladas para 3.100 toneladas. Segundo informação oficial da Associação dos Exportações de Bangladesh, as vendas deste ano de camisetas subiram 14% em função do mundial.
Ainda assim, muitas confecções brasileiras se inspiraram na Copa para lançar produtos, mas em pequenas quantidades que não chegaram a reverter o quadro negativo de produção física.
Por fim, é preciso informar também que, tradicionalmente, o volume adicionado na produção têxtil e de confecção no Brasil que uma Copa proporciona gira em torno de 5% a 10% (menos que dia da mães e final de ano). Esse evento mundial, como se sabe, causa impacto considerável principalmente nas vendas de bebidas e eletrodomésticos, especialmente televisores. Ao lado os dados comparados de produção física.
Em jan-abr de 2014 houve queda de 1,8% na Indústria de Transformação, queda de 6,9% no segmento Têxtil e crescimento de 0,8% no Vestuário. (Base: Igual período do ano anterior).
No mês de abril em 2014 a Produção Física do setor têxtil teve queda de 0,1% e houve queda de 1,6% no vestuário. (Comparando abr/14 com mar/14).
No comparativo abr.14/abr.13 o setor têxtil apresentou queda de 11,8% e o vestuário apresentou queda de 6,7%.
Fonte: Agência Último Instante
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