quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Setor têxtil e de confecção no Brasil busca competitividade internacional

Com uma agenda bem ampla a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e conjunto com a Tex Brasil, Apex Brasil e demais entidades envolvidas com o segmento da moda brasileira busca apoio de governo e da sociedade através de debates, para que o Brasil que mantém esta atividade têxtil e de confecção cerca de 200 anos, e que impulsionou muitas outras indústrias, sendo o grande motor da revolução industrial no Brasil. Hoje este setor emprega 1,7 milhão de pessoal de forma direta, das quais 75% são mulheres. A indústria da moda é o segundo maior empregador na indústria de transformação e também segundo maior gerador de primeiro emprego. Eis a gigantesca importância econômica e social deste bicentenário setor com capilaridade em todo território nacional.
A indústria da moda reúne diferentes características, dificilmente encontradas em outros setores. Fala de arte, negócios, artesanato e alta tecnologia. Mistura química, física, sociologia e história. No Brasil, possui mais de 100 escolas de cursos livres, técnicos, graduação e pós-graduação. Gera um faturamento em torno de R$ 100 bilhões/ano através de mais de 30 empresas. Paga R$ 14 bilhões/ano em salários, e tem investido a média de R$ 5 bilhões a cada ano (somando desembolsos do BNDES e aquisição de máquinas e equipamentos), e recolheu R$ 7 bilhões em contribuições federais e impostos em 2013. “É a maior cadeia integrada do setor no ocidente”, afirma a Abit.
Mas, o país vem perdendo terreno para os importados que abastecem cada vez o mercado nacional: dados da Abit mostra que na última década a importação de vestuário aumentou 24 vezes, saltando para US$148 milhões para US$ 3,5 bilhões. Cerca de 15% do mercado total de vestuário é abastecido por marcas importadas.

Para enfrentar os gargalos do setor a Abit e os demais parceiros estão indo a campo, e buscam vencer a “Agenda de Prioridades 2015 a 2018”, como Relações de Trabalho; Macroeconômica; Tributação e Gasto Púbico; Educação; Inovação; Comércio Exterior; Meio Ambiente; Gestão e Burocracia e Micro e Pequena Empresa; por exemplo, aprovar o RTCC [Regine Tributário Competitivo para a Confecção], cujo objetivo é viabilizar o retorno de grandes unidades de produção de confecções no Brasil com escala, gestão e competitividade suficientes para enfrentar a concorrência externa e ser o principal fornecedor das empresas varejistas nacionais além de aumentar sua capacidade de exportação, beneficiando assim todos os elos da cadeia produtiva.
Dentre a lista, destaque para Tributação e Gasto Púbico .Eliminar a tributação sobre o investimento, permitindo a apropriação imediata do crédito de ICMS na aquisição de bens de capital ou outros bens diretamente utilizados na instalação ou modernização das plantas.
. Acabar com os impostos cumulativos;
. Fazer avançar a Reforma Tributária, que está no Congresso Nacional, de forma a caminhar na unificação das alíquotas, mitigar os efeitos da Guerra Fiscal e trazer mais segurança jurídica.
. Criar um imposto único sobre consumo (IVA) partilhado pelos Estados, União e Municípios, consolidando todos os impostos diretos incidentes sobre a venda.
Para Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit, que participou da palestra do Circuito TexBrasil “Competitividade e Internacionalização”, no dia 08 de agosto (sexta-feira),no Senai Moda e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro(Firjan) “temos design, muita criatividade, e estamos prontos para uma grande inovação”, frisa o executivo. “Um país competitivo mundialmente agrega valores tecnológicos, gera empregos e riquezas”, completou.

Fonte: Portal Fator Brasil.

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