Uma roupa prática e bonita. A combinação de estética e utilitarismo tem sido a bola da vez na indústria das roupas inteligentes, um mercado que cresce a cada ano, e por um combinado de duas razões: por um lado, a queda na qualidade dos tecidos baratos faz o consumidor pagar mais caro para vestir uma peça com maior durabilidade; por outro, o leque de vantagens que a nanotecnologia vem imprimindo em novos materiais tornaram os tecidos inteligentes extremamente atrativos para esse consumidores. As vantagens vão de melhorias na saúde a praticidade na hora de se vestir – como meias que não deixam cheiro e roupas que não amassam.
No ramo da saúde, uma camisa e uma luva, indicadas para aliviar dores crônicas, foram desenvolvidas pela empresa Invel, para levar o tratamento terapêutico para além do consultório. “Nós tínhamos a tecnologia para fazer esse tratamento, mas a pessoa tinha que se deitar sobre um aparelho e uma clínica, usar cintos e ataduras, tudo para ter o efeito desse tecido que desenvolvemos em 2005”, conta Carla Taba, CEO da empresa. Ela explica que o tecido responsável pelas propriedades terapêuticas da camisa é a Biocerâmica MIG 3, que estimula o ácido nítrico no corpo humano, responsável pela vasodilatação e por um consequente relaxamento muscular. “A indicação para a camisa é usá-la por pelo menos 14 dias consecutivos por oito horas diárias. E a luva, por 28 dias”, completa Carla. A camisa quanto a luva são registrados como produtos médicos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e custam a partir de R$ 190.
Proteção
Efeitos práticos como a absorção e evaporação do suor, eliminação de odores e proteção contra raios UV também são procurados por usuários de tecidos inteligentes, principalmente esportistas e aventureiros amadores, mas não apenas eles. O fotógrafo Murilo Ribas, de 31 anos, é um exemplo. Ele tem três camisas de manga comprida de poliamida forrada com poliéster que oferecem proteção contra os raios solares, que ele usa para trabalhar. “Às vezes fico o dia na rua, pegando sol, e a roupa oferece esse benefício”, conta. A proteção extra não foi a razão pela qual se decidiu pelas camisas, mas foi determinante para escolhê-las. “Tenho muitas tatuagens nos braços, e com o tempo, o sol vai desgastando a pele e as tintas”, justifica. “Elas são bem frescas, secam rápido e não amassam. Quando fiz um mochilão pela Europa, elas se mostraram muito práticas. Era só lavar, embolar e colocar na mochila.”
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/
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