terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Estabilidade do dólar deve beneficiar atividade têxtil

O presidente do Sindicato da Indústria de Tecelagem e Fiação do Estado de Minas Gerais (Sift-MG), Fabiano Soares Nogueira, avalia que a previsão de estabilização do dólar, entre R$ 2,40 e R$ 2,50, dará um novo fôlego ao setor ao longo de 2014. "Havia uma valorização excessiva do real e com com esse câmbio haverá um freio na entrada de produtos importados", acredita.

A título de exemplo, ele cita pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), que mostra um crescimento significativo das importações nos últimos quatro anos, superando as variações da produção nacional. Os dados de 2013, no entanto, referem-se somente ao período de janeiro a novembro.

Em 2010, enquanto o setor têxtil cresceu 4,33% em relação ao ano anterior, o segmento de vestuário e acessórios teve um incremento de 7,17%, as vendas no varejo subiram 10,62% e as importações tiveram aumento de 39,3% no mesmo período. Essa participação dos importados no comércio brasileiro de têxteis aumentou ainda mais em 2011, começando a recuar somente em 2012 e 2013, quando a desvalorização do real foi mais acentuada do que nos anos anteriores.

Em 2011, o crescimento do setor têxtil foi considerável, com variação positiva de 14,88% em relação a 2010, de 4,4% no segmento de vestuário e acessórios e de 3,58% no varejo, enquanto as importações subiram 41,22%. Em 2012, a entrada de produtos estrangeiros continuou elevada, mas em menores patamares. Enquanto o setor têxtil cresceu 4,2%, o segmento de vestuário e acessórios aumentou 10,46%, o varejo subiu 3,39% e as importações expandiram 19,59%.

Em 2013 os resultados de produção e importações ficaram relativamente equilibrados, embora com índices bem modestos para a indústria brasileira. O setor têxtil teve uma variação de apenas 1,82%, pouco menor do que a do segmento de vestuário e acessórios, de 2,43%. As vendas no varejo aumentaram 3,41% em relação a 2012, enquanto as importações ainda cresceram 6,5%.

Por Andréa Rocha

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