segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sportwear é uma das apostas em prévia do SPFW

A primavera começou a pouco mais de duas semanas e a temperatura na capital paulista mais parece de inverno. 
A semana de moda de São Paulo (SPFW) começa hoje - dia 28 de Outubro, no Parque Villa Lobos - e apesar de faltar quase um ano para a próxima temporada de frio, a indústria da moda não para e já se prepara para o outono/inverno 2014. 
(Matéria adaptada de Alessandra Gardezani do DCI - Diário Comércio Indústria & Serviços)


Por conta disso, especialistas antecipam o que deve aparecer nas passarelas e tomar as ruas na próxima temporada Outono/Inverno.  

Segundo o consultor de moda e apresentador do programa Esquadrão da Moda do SBT, Arlindo Grund, a modelagem esportiva virá com força total. “Agora isso vem com uma pitada de sensualidade, que é a cara da mulher brasileira. E veremos também muitas estampas nos tons de verde, e a continuação do étnico e do geométrico”. A consultora do Senac Moda Informação Denise Morais concorda e acrescenta: “Deve seguir a linha dos desfiles internacionais que tem duas vertentes: uma mais moderna, tem um visual mais clean, que trabalha com estruturas e com tecidos de mais impacto e uma cartela de cores mais apasteladas, de tonalidades mais suaves. Trabalhar uma nova forma, uma nova linha dentro do corpo com tecidos um pouco mais pesados”, explica a especialista.

A outra é uma continuidade das transparências e o sportwear veio para ficar. “Muitas marcas do exterior trabalharam o sportwear mais refinado, que tem uma conotação futurista, ligado a tecnologia da matéria prima, até dos próprios calçados. Outra certeza é a do lado étnico, algumas marcas que são mais voltadas para o beachwear devem ter uma leitura bem brasileira, com alguma coisa homenageando realmente essa história do Brasil em 2014 porque tem tudo a ver com Copa do Mundo, o momento que o Brasil está na moda”, ressalta.

Destaques

Todas as edições, alguns estilistas chamam a atenção ou por seus desfiles bastante performáticos ou pela coleção apresentada. Na opinião de Arlindo Grund, Alexandre Herchcovitch deve ser destaque. “Ele sempre apresenta desfiles ousados e atemporais, e também o Pedro Lourenço, que cancelou a apresentação dele em Paris e voltou para o SPFW, pode ser um dos desfiles aguardados para a temporada”, afirma.

A consultora de imagem Ana Cury aposta na apresentação de outras grifes. “Acredito que a Osklen, Gloria Coelho, a Animale, que faz um guia muito grande, Fórum e Ellus são bacanas também e têm um apelo muito grande. Essas são as marcas que devem chamar a atenção do público”.

Lei Rouanet

Muitas polêmicas foram criadas em virtude da decisão do Ministério da Cultura de permitir que estilistas, como Pedro Lourenço, Alexandre Herchcovitch e Ronaldo Fraga captassem recursos por meio da Lei Rouanet de incentivo a Cultura.

Para Ana Cury, a medida é válida sim para dar um up no setor mas os valores têm que ser bem distribuídos. “Acho que essa lei facilita os projetos das pessoas que trabalham com moda. A única coisa é que os valores têm que ser absolutamente corretos e transparentes. O que não pode é um desfile custar um milhão de reais. A gente sabe que não custa, que dá para fazer com um valor menor. Aquele dinheiro é do governo e poderia fazer outros benefícios. A moda cria emprego, tem grandes impactos comerciais, mas tem que ser tudo equilibrado. É importante que o montante seja real e não mais uma maneira de vazar dinheiro pela porta errada”, finaliza.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

BNDES cria programa para financiamento da moda

Uma das apostas da indústria do país para ganhar mercados, num cenário de crise e excesso de oferta de mercadorias em escala global é investir em produtos diferenciados. Para apoiar tal iniciativa, o BNDES lançou um programa inédito para financiar, com juros mais baixos, design, moda e marcas brasileiras.

Com orçamento de R$ 500 milhões e taxas atrativas, segundo o banco, o projeto tem objetivo de "estimular aumento da competitividade de empresas brasileiras".

A nova linha de crédito tem um dos mais baixos custos de crédito do BNDES -TJLP, taxa de referência do banco de fomento, atualmente em 5% ao ano, mais 0,9% e mais taxa de risco, de acordo com a avaliação de rating da empresa.

"O custo reflete a importância dada pelo BNDES aos investimentos intangíveis ligados à qualidade, agregação de valor e competitividade", diz o BNDES.

Batizado de Prodesign, o programa dará suporte a investimentos em design, moda, desenvolvimento de produtos, diferenciação e fortalecimento de marcas.

Beneficiados 

Os setores que poderão se beneficiar do crédito subsidiado são têxtil e de confecções, calçadista, moveleiro, de higiene pessoal, de perfumaria e cosméticos, de utilidades domésticas, de brinquedos, de metais sanitários, de joias, relojoeira, de embalagens, de eletrodomésticos e de revestimentos cerâmicos.

"O design tornou-se item relevante para as cadeias produtivas da indústria de bens de consumo, enquanto a segmentação e diferenciação passaram a exigir elevado grau de conhecimento do perfil do cliente, demandando novos investimentos."

Segundo o BNDES, o investimento em qualidade, design e na marca "passaram a ocupar posição de destaque, ao lado da logística e do controle de canais de distribuição e de vendas" para o segmento de bens de consumo.

As empresas interessadas na nova linha de crédito poderão obter financiamento para pesquisa, desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos, embalagens, desenho industrial e design de moda, aquisição de softwares desenvolvidos no país, despesas com treinamento de empregados e participação em feiras e eventos no Brasil ou no exterior.

O banco apoiará ainda estudos, consultorias e projetos de certificação e registros no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). 


terça-feira, 22 de outubro de 2013

As marcas mais "queridinhas" da geração Y.

O Goldman Sachs fez uma parceria com a revista Vogue Teen para realizar uma pesquisa que mostrasse as 50 marcas mais queridas pela geração Y, ou os millennials, nascidos entre 1980 e 2000. A princípio, a parceria pode soar um tanto inusitada, mas seu desafio é claro: mapear a afinidade dos jovens que, nos próximos cinco anos, superarão a geração boomers no consumo de vestuário, aumentando de 20% a 25%. “Eles têm menos apoio financeiro, rendas mais baixas que as gerações anteriores e têm menos inclinação para os cartões de crédito”, descreveu a analista do Goldman Sachs, Lindsay Drucker Mann, ao Business Insider.
Ainda de acordo com a analista, com menos dinheiro e pouco propensa a acumular dívidas, essa geração se tornará cliente mais exigente e, portanto, as marcas terão de investir ainda mais em produtos e publicidade.


A grife teen Forever 21 foi a favorita entre as jovens (Divulgação)
A grife teen Forever 21 foi a favorita entre as jovens.





Para chegar às 50 marcas, foram ouvidas 1.200 “It Girls” (meninas antenadas no mundo da moda e que lançam tendências) sobre 350 marcas, com base em três indicadores: conhecimento, utilização e propagação da marca. Confira abaixo as 20 marcas mais queridinhas da geração Y:


1 Forever 21 86.9%
2 Victoria's Secret 85.3%
3 PINK Victoria's Secret 85.1%
4 Sephora 85.0%
5 H & M 84.3%
6 Converse 82.0%
7 Target       81.9% 
8 Urban Outfitters 79.9%
9 MAC 78.7%
10 Bath & Body Works 78.3%
11 Maybelline 78.3%
12 eos 77.6%
13 Neutrogena 77.0%
14 Chanel 76.9%
15 Louis Vuitton 76.6%
16 Essie 76.5%
17 OPI 76.3%
18 Macy's 75.9%
19 Nike 75.6%
20 Marc Jacobs 75.6%


Posição Marca Índice de favoritismo*
*Combinação dos três fatores
                         
Retirado de http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/consumo/noticia/2982434/marcas-mais-queridinhas-geracao?goback=%2Egde_3275390_member_277453997%2Egmp_3275390%2Egde_3275390_member_277567045#%21

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Setor têxtil deve encerrar 2013 com estagnação

A indústria têxtil deve fechar 2013 com a produção estagnada. A projeção de crescimento do setor para este ano foi reduzida de 3% para 0% pela consultoria LCA.

Em julho, o segmento avançou 1,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas a alta foi suficiente apenas para compensar a baixa em percentual idêntico que havia sido registrada no mês anterior.

De janeiro a julho, a produção têxtil acumula recuo de 3,9% em relação aos sete meses iniciais de 2012.

As importações, que cresceram 10,3% no mesmo período, influenciaram de forma negativa o setor.

"Houve uma mudança no câmbio que, a princípio, favorece a produção industrial porque facilita a competição com o importado. Mas essa ajuda não está sendo tão forte quanto a gente havia avaliado", diz Fernando Sampaio, sócio da empresa.

No mercado interno, uma das causas é a demanda reduzida por conta do menor poder de compra da população e da taxa de endividamento das famílias. Esse cenário deve permanecer até o final deste ano.

A indústria de vestuários também tem índice negativo, o recuo foi de 1,9% no acumulado de janeiro a julho.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/131527-mercado-aberto.shtml

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Entretela: Por que usar?

Os materiais secundários e aviamentos são aliados na construção e execução de uma peça, eles podem garantir que o caimento e a forma alcancem o resultado esperado. Alguns materiais são utilizados para dar estrutura e sustentação e uma das mais importantes é a entretela.

A entretela pode ser encontrada em diversos tipos e variam de espessura e material, podendo ser de algodão, lã, fibras de viscose, TNT (tecido não tecido) ou de malha. Segundo Fischer (2010), elas são usadas para dar forma e estabilidade em partes das peças que precisam de reforço e resistência e podem variar entre termocolantes ou costuradas.

Entre as termocolantes, deve-se observar o ponto de fusão adequado para o tecido em que se está trabalhando. Outro aspecto importante se dá na estrutura deseja da peça, pois há entretelas que podem estabilizar uma ou todas as direções dos tecidos, explica Fischer (2010).

A imagem ilustra as áreas mais comuns onde são aplicadas esse material, para estruturar e sustentar as peças.
Locais em que são usadas as entretelas/ Adaptado de FISCHER (2010)

Portanto, deve-se considerar sempre o uso das entretelas na produção das peças, constando nas fichas técnicas, bem como o consumo, o tempo e a pressão necessários para a colagem e fixação das partes.

É importante indicar que elas usualmente são cortadas com 5 mm a menos que o tamanho da modelagem, chama-se margem negativa. Isso ocorre por vários motivos, um deles é para evitar saiam do tecido e passem a cola para outra superfície, como para prevenir que as costuras fiquem grossas e pesadas.

Por Samira Troncoso
Designer de Moda e Professora na Feevale/ Novo Hamburgo (RS)
Referências
FISCHER, A. Construção do Vestuário. Porto Alegre: Bookman, 2010
Fonte: www.textileindustry.com